quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Conheças as curiosidades e casos excêntricos da história do Rock in Rio


RIO DE JANEIRO - Você sabia que Ozzy Osbourne foi proibido de morder, mastigar ou comer qualquer animal vivo no palco, na primeira edição, em 1985, a mesma em que Freddy Mercury deu um "fricote" ao chegar no seu camarim e perceber que milhares de artistas brasileiros queriam conhecê-lo? Separamos várias curiosidades e casos excêntricos do maior festival de música do Brasil. Confira!


* Prince 1 – Em 1991, Prince, uma das grandes atrações, exigiu da produção, simplesmente 700 toalhas brancas. É mole? Foi um tal de produtor correndo pra cá, pra lá, passando em hotéis da região, pedindo emprestado. No final, conseguiram 300. E que o senhor fique contente, Prince!
* Prince 2 – Esta não poderia deixar passar em branco. Sabe por que o astro da música pop atrasou cerca de 1h30 para o seu show? Porque ele queria passar no corredor de acesso ao palco sem ninguém por ali. Só ele e mais ninguém. Mas como a correria era grande, sabe, acabou atrasando tudo...Coitadinho.

* Prince 3 – Durante o dia, o pequeno astro ficava quieto em seu hotel. Mas à noite, fugia para as baladas. Visitou algumas boates, deu esmola de US$ 100 para um menino de rua, e teve um caso com uma adolescente de 16 anos. Fala sério!
* Em 2001, O Rappa, Skank, Raimundos, Jota Quest, Cidade Negra e Charlie Brown Jr. armaram uma debandada do Rock in Rio por não aceitarem serem parte do “time número 2” do festival, abrindo para artistas estrangeiros sem uma passagem de som digna.
* Na primeira edição, Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone lançavam apenas o segundo disco do Paralamas do Sucesso, “O Passo do Lui”, com sucessos como “Óculos”, “Meu Erro” e “Romance Ideal”. Até aí, nada demais. No final do show, porém, resolveram dar uma singela espetada na “paulistada”: ao perceberem que não havia bandas de São Paulo no festival, tocaram uma cover do Ultraje a Rigor: “Inútil”.
* Nas primeiras duas edições, era regra da direção do Rock in Rio a banda vir ao Brasil e fazer duas apresentações. Foi assim como o Queen e com o Guns N´Roses, por exemplo. Em 1985, a única banda internacional, por motivos de agenda, a fazer apenas um show foi o Iron Maiden.
* No show do dia 15 de janeiro de 1985, o Barão Vermelho, com Cazuza, tocava justamente na noite que acontecia a eleição indireta que elegeria Tancredo Neves como presidente do Brasil. O poeta soltou, então, a célebre e inesquecível frase ao tocar “Pro Dia Nascer Feliz”: “Que o dia nasça lindo para todo mundo amanhã. Um Brasil novo e uma rapaziada esperta”.
* O Rock in Rio foi um divisor de águas não só para o público, que passou a acompanhar as atrações internacionais por aqui. Mas também para o cantor James Taylor. Em 1985, Taylor vivia intenso inferno astral: estava afundado em drogas e se divorciava da também cantora Carly Simon. Veio ao Rio de Janeiro por obrigação contratual. Mas o carinho dos fãs e a recepção de gala que teve foram marcantes. Comovido com o inesperado apelo, respirou fundo e decidiu tomar as rédeas (de volta) da sua carreira. Acabou gravando uma música: “Only a Dream in Rio” (“Apenas um sonho no Rio”).
* Ivan Lins, sim, ele e sua “saudade mais gostosa” participaram do Rock in Rio I. E num determinado momento do show, Lins perdeu a voz. Pediu para o publico ajudar. Culpou os cigarros. E dizem que a partir deste episódio é que parou de fumar. Dizem...
* The Pretenders estava fechado para tocar em 1985, mas acabou desistindo da apresentação após a vocalista Chrissie Hynde descobrir que estava grávida de sua segunda filha. Acabou vindo o B-52´s.


* Curiosidade clássica: Ozzy Osbourne, príncipe das trevas (e também ex-vocalista do Black Sabbath) foi impedido, por contrato, de morder, dilacerar, o que for, qualquer morcego, ave e afins no palco. Tudo por causa das dentadas, três anos antes, que Ozzy deu num mamífero voador em um show. Quando jogaram uma galinha ao palco,ele até salivou, mas acabou entregando para um dos ajudantes.
* Ozzy 2: aliás, no que foi classificado como uma grande falha da organização, sua apresentação em 1985 foi marcada para antes de Rod Stewart. Tipo: “My God!”. Não tem nada a ver os dois, NADA a ver. Quando viu o escocês passando o som, pensou que seria devorado em vaias pelo público. Mas o ocorreu o contrário: foi muito aplaudido, o público curtiu o show e Ozzy saiu dizendo que o povo carioca era o mais versátil que ele já havia visto.
* Na turnê do disco The Works, o Queen sempre qualificou a apresentação de 1985 como uma das cinco melhores da história da banda. E a execução de “Love of My Life”, a mais bela jamais feita.
* No total das duas apresentações daquele ano, o público total foi de 400 mil pessoas.
* Mas claro que tinha que ter um fricotezinho do Freddy Mercury, né? Ao chegar no seu camarim e ver aquele monte de artista brasileiro esperando para conhecê-lo, ficou todo nervoso, bravo e mandou que todos saíssem. Depois, com muita paciência, acabou sendo convencido a atendê-los. Menos mal.
* Aliás, falando em Freddy Mercury: você lembra que a Glória Maria fez uma entrevista exclusiva com ele no Copacabana Palace? E do cabelo dela, à la Grace Jones, você lembra?
* Detalhe é que nesta entrevista Freddy queima aquele cigarrão enquanto conversa...Prova de que os artistas de hoje, ou são muito caretas, ou estão enquadrados na política antifumo.
* Uma prova de como o Brasil não estava acostumado a receber atrações estrangeiras, e vice-versa. Rod Stewart ficou extremamente surpreso quando o público cantou suas músicas – não fazia ideia de que era famoso por aqui. Outros tempos...
* Scorpions 1: “Still Loving You” foi o ponto alto da apresentação da banda. Apesar da banda não ser lá ainda tão conhecida por aqui, a canção fazia parte da novela "Corpo a Corpo", da Globo, que era exibida naquela época.
* Scorpions 2: a versão ao vivo da música foi parar no disco da banda, lançado seis meses depois do festival: “World Wide Live”.


* O sino maldito 1: O AC/DC exigiu da produção um sino de mais de uma tonelada para ser entoado na canção “Hell Bells”. O problema é que o negócio tinha que vir de navio, caríssimo. Roberto Medina interpelou. E claro que teve que cumprir a exigência, depois da ameaça de desistência da banda.
* O sino maldito 2: quando o tal sino chegou, surpresa! O palco não agüentava o peso. Xiii...e agora? Foi improvisado um outro, de gesso mesmo, e os efeitos sonoros devidamente editados deram o tom certo para a música. Bem mais fácil...
* Se grande parte das bandas de 1985 faziam sucesso no momento, também teve espaço para dinossauros. E o Yes fez os “coroas do rock” delirarem ao chegarem com a turnê do disco 90125, com o megahit “Owner of a Lonely Heart”.
* Def Leppard (lembra?) tocaria no primeiro Rock in Rio, mas desistiu da apresentação após o acidente envolvendo o baterista Rick Allen, que acabou tendo o braço esquerdo amputado. Às pressas, David Coverdale remontou sua banda e levou o Whitesnake para o Rio de Janeiro.
* Aliás, falando em Whitesnake, eles contrataram um coreógrafo para... os pulinhos que eles deram no palco. Cada coisa...
* E para fechar: David Coverdale e companhia não tomaram uma cervejinha sequer. Nada de álcool. Contrataram também um personal trainner para a banda. Afinal, saúde era o que interessava.
* Não sabemos se era uma questão de como a publicidade era feita na época, ou se foi um vacilo mesmo. O fato é que na propaganda na TV do primeiro Rock in Rio, ainda em 1984, Queen, Yes, Ozzy, as grandes atrações do festival, estão lá no final da propaganda. Até o Kid Abelha é anunciado antes. Rá!
* Uma prova de que Ney Matogrosso tem é muita personalidade: para uma plateia totalmente rock n´roll, num festival que era novidade, ele foi escalado para ser a primeira atração do primeiro dia. E subiu ao palco com uma tanga de leopardo e penas coloridas na cabeça. Um luxo, claro.
* Essa é demais: do livro “Metendo o Pé na Lama”, do diretor de arte Cid Castro, vem a história de que Nostradamus havia previsto uma tragédia num festival na América do Sul, em 1985. Claro que a produção contratou um astrólogo, que fez o mapa astral do evento e deixou todos, posteriormente, despreocupados.
* Para aterrar o terreno da Cidade do Rock, que era praticamente um pântano, nos anos 1980, foram necessários nada mais, nada menos do que 55 mil caminhões de terra.


* A longa relação entre Rock in Rio e Guns N´Roses começou em 1991, quando a banda apresentou-se duas vezes no festival. Desde então, após Axl Rose dizer que foram as duas maiores performances da história da banda, o Guns apareceu em 2001, vai aparecer agora em 2011, já tocou no festival na Europa...Tipo uma sociedade, Medina?
* Povo cervejeiro: foram consumidos 1,6 milhão de litros de cerveja no Rock in Rio I
* Povo fast food: em um só dia do Rock in Rio I, a rede Mc Donald´s vendeu 58 mil sandubas. Recorde no Guinness e até hoje imbatível.
* O Faith No More, resumidamente, fez a melhor apresentação do Rock in Rio II.
* O Faith No More, resumidamente, saiu em êxtase com o público, voltou para uma mini-turnês, e ficou amigo do Sepultura. Mike Patton gravou uma faixa no disco “Roots” chamada “Lookaway”.
* Robert Plant, ex-vocalista do lendário Led Zeppelin, era uma das principais atrações do Rock in Rio II. A poucos dias dos shows, alegou uma laringite e não veio para o Rio de Janeiro. Boatos da época dizem que ele ficou com medo de cruzar oceanos com uma guerra rolando pelo mundo – os Estados Unidos invadiam o Iraque na Guerra do Golfo.
* Shaun Ryder, líder da banda Happy Mondays, ainda não muito conhecida do público no início da década de 90, disse que não ligava para o fato de os cariocas desconhecerem suas músicas. Estava mais preocupado em jogar para a plateia as mil pílulas de ecstasy que prometia levar. Claro que, no final, acabou refugando, com medo de ser preso.
* A banda norueguesa A-HA fez um dos shows mais esperados de 1991, e o público pagante foi o maior daquela edição: 200 mil pessoas. Claro que eles tocaram “Take on Me”.
* Neste mesmo ano, era impossível ouvir o som do palco com os gritos histéricos. As caixas de som tentavam reproduzir “Step by step, uhhhh babe”, mas as garotas gritavam de forma ensurdecedora para os New Kids On The Block.
* É uma simples questão de pronúncia, mas ninguém esquece até hoje Pedro Bial, em 1991, anunciando a apresentação do “Megadéti”.
  

* Duas avaliações distintas: a apresentação do Engenheiros do Hawaii, na segunda edição do Rock in Rio, foi considerada uma das piores e em alguns veículos de imprensa foi simplesmente ignorada.
* Já o The New York Times, que mandou gente para cobrir o evento, classificou a performance da banda como uma das poucas comparáveis às apresentações gringas pelo mundo. Não tente entender.
* Roqueiro também usa o toalete: nesta mesma edição, foram consumidos, de acordo com a produção, 43.500 metros de papel higiênico, número que equivale a 1,7 km.
* A edição de 1991 é tida até hoje como a mais violenta de todas: além de várias brigas e ocorrências, duas pessoas morreram: uma ao tentar pular um portão do Maracanã, e outra baleada na porta do estádio. Uma fã ainda acusou PMs de tentativa de estupro.
* Colin Hay, vocalista do então extinto Men At Work, veio para uma apresentação solo. Ganhou o troféu de pior apresentação, e vaias do público, mesmo tocando hits da sua ex-banda. Era melhor ter ficado em casa.

* Outro troféu: Lobão fez o show mais curto da história do festival. Após tocar “Vida Louca Vida” e um pedaço de “Canos Silenciosos”, cansou-se de ser hostilizado pelo público, que esperava Megadeth e Guns, bateu boca, levou garrafadas e foi embora. Total: 6 minutos.
* Outro fato inédito: Alceu Valença foi o único brasileiro a fechar uma noite de show em 2001. Isso porque sua apresentação, bem mais cedo, foi marcada por erros da produção na qualidade do som. “O engraçado disso tudo é que o Prince acabou abrindo para mim”, riu, na época.
* Essa história de Rock in Rio “Por um mundo melhor” nasceu em 2001, na terceira edição do megaevento.
* Dez anos depois, em 2001, o Sepultura era outro: não tinha mais Max Cavalera. Em seu lugar, na sua primeira apresentação em grande festival, cantou o americano Derrick Green.
* Aliás, no show do Sepultura, rapidinho, um fã invadiu o palco e, quando começou a tomar uns “tapas" dos seguranças, foi salvo pela banda, que parou o show e exigiu que o fã fosse bem tratado. Salvo pelo gongo!


* A noite do metal rendeu em 2001: Iron Maiden e Rob Halford gravaram disco e DVD ao vivo de suas respectivas apresentações.
* Em 2001 ainda, Roger, do Ultraje a Rigor, se despediu do público, após mandar uma cover de Paranoid, do Black Sabbath, mostrando...as nádegas.
* Coisas do destino: em 2000, o Foo Fighters tinham apresentação marcada para fevereiro, em São Paulo. Mas desistiu depois que soube que uma das apresentações seria patrocinada, somente com clientes de uma operadora telefônica. Em 2001, não viria para o Rock in Rio, mas ao liderar uma enquete feita pela organização junto ao público, acabou acertando suas apresentações para janeiro.
* Coisas do destino 2: para quem nem sequer viria ao Brasil, Dave Grohl, líder da banda e ex-baterista do Nirvana, ainda passou o aniversário em pleno palco. Ganhou bolo da produção e um super beijo de Cássia Eller.
* Nem sabemos mais se isso ainda é curiosidade, mas, sim, Cássia Eller mostrou os seios enquanto cantava “Come Together”, dos Beatles. E ainda fez aquele sinal com os dedos indicadores e...deixa pra lá!
* Os australianos do Silverchair surpreenderam na terceira edição. Poderiam ser apenas “mais uma atração de fora”, mas fizeram um show impecável e ainda viram, sorridentes, um fã levantar uma faixa: “O grunge não morreu”.
* Rock in Rio Guinness: Júnior, com 16 anos, e Sandy, com 17, são os artistas mais jovens a se apresentarem na história do festival. Com medo de represálias, a produção não liberou a lista dos mais velhos...Sorry!
* Em 2001, Britney Spears trouxe ao Brasil a polêmica da “base pré-gravada”. A cantora americana, alegando que suas coreografias exigiam um aparato de voz, cantou, sim, em playback. Não adianta falar que cantava por cima, querida, foi um playback. Ponto.
* Nick Oliveri, baixista do Queens of the Stone Age, com o calor do Rio, preferiu tocar...pelado. Quase foi preso por atentado ao pudor. O juiz Siro Darlan bateu um papo com o músico e explicou as leis brasileiras. Ele se vestiu.
* Mas em julho deste ano, não teve escapatória: Nick discutiu com uma namorada, a fez refém, e foi preso, após a S.W.A.T ser acionada. Barracão!


* Também em 2001, Neil Young, o velho roqueiro canadense, ficou totalmente deslocado na noite que teve ainda Engenheiros do Havaii, Elba Ramalho, Sheryl Crowl e Dave Mathews Band. Como se não bastasse, seu show foi começar lá pela 1h20 da madruga. Muita gente desistiu e deve ter se arrependido: com seu clássico “Hey Hey My My”, dentre outros, fez, de acordo com a crítica, um dos melhores shows do evento.
* Mais nudez: além de Cássia Eller mostrar os seios, Roger, do Ultraje a Rigor, mostrou o bumbum ao público ao final da apresentação do grupo.
* O terreno da Cidade do Rock, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, foi prontamente ocupado pelo governo do Estado um mês após o primeiro Rock in Rio chegar ao fim. Foi tudo destruído, para o chão. Rusga do então governador Leonel Brizola, que era contra o festival, com a organização do evento, que se viu obrigada, em 2001, a realizar os shows no estádio do Maracanã.
* Mas antes disso, houve uma briga deflagrada entre produção e poder público: enquanto que prefeitura e governo do Rio lançavam propagandas na TV criticando o festival por ocupar área residencial, artistas e organizadores respondiam com chamadas enaltecendo o maior festival da música no Brasil.
* Até a Igreja foi contra o festival. Em nota enviada a imprensa na época, o então arcebispo da Arquidiocese do Rio, Dom Eugênio Sales, criticava a gastança “em momento de recessão para uma música alienante e provocatória".
* No último Rock in Rio por aqui, em 2001, foram ao todo 160 horas de show com 1.196 músicas executadas. Número este que deve ser bem próximo ou maior este ano.
* Foi marcado também por ser o primeiro festival pirateado quase que em tempo real. O Napster, programa de compartilhamento de músicas, em seu auge na época, já disponibilizada os arquivos em MP3 de diversos shows do festival logo no dia seguinte.
* Na noite do metal do Rock in Rio III, os amantes do gênero tiveram que deixar, ainda na entrada, correntes, pulseiras, anéis, tudo que pudesse causas ferimentos. Mais de 30 quilos dos adereços de metal foram recolhidos.
* O Coheed and Cambria vem para o Rio de Janeiro desfalcado de seu baixista Michael Todd. Ele foi suspenso da banda após...ser preso, em Massachusetts, Estados Unidos, por roubar analgésicos controlados de uma farmácia.
* O show do Red Hot Chili Peppers este ano marcará a turnê de lançamento do álbum “I´m with You”, o primeiro da banda californiana em cinco anos. Eles prometem tocar o novo disco na íntegra, sem deixar de lado, claro, os velhos hits.

Fonte:http://especiais.br.msn.com/rock-no-rio/artigo.aspx?cp-documentid=30449397

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